Louise Vernier e Thaís Macena
Do UOL, em São Paulo
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Getty Images
Nossa tendência é projetar todas as
expectativas de melhora no dinheiro
Uma pesquisa sobre motivação profissional realizada pela 4hunter
Consultoria, em 2012, mostrou que 55% dos 508 profissionais entrevistados não
estavam felizes com seu trabalho. Entre as razões para a insatisfação, a
remuneração foi, de longe, a mais citada: 29,6% disseram que o salário e os
benefícios recebidos não estavam de acordo com a expectativa e as necessidades
deles. Mas será que um aporte nos rendimentos resolveria, de fato, o descontentamento
dessa parcela de profissionais?
De acordo com a psicóloga Angelita Corrêa Scardua, especializada nos
estudos sobre a Felicidade e em Psicologia Social pela USP (Universidade de São
Paulo), é mais provável que não. Ela garante que a felicidade está muito mais
associada à qualidade das relações que estabelecemos com os outros e com nós
mesmos do que com quanto temos no banco.
"O que acontece é que, geralmente, quando estamos insatisfeitos com
o trabalho e/ou com a vida que levamos, nossa tendência é projetar todas as
expectativas de melhora no dinheiro", afirma a especialista.